Como funciona o DPS – Dispositivo de Proteção Contra Surtos
- BTM

- 8 de set.
- 3 min de leitura

Em instalações elétricas industriais, a confiabilidade da operação depende diretamente da capacidade dos sistemas de suportarem falhas e perturbações externas. Um dos fenômenos mais comuns, e também mais prejudiciais, são os surtos elétricos, capazes de comprometer equipamentos sensíveis, reduzir a vida útil de componentes e até provocar paradas inesperadas de produção.
Para mitigar esses riscos, o Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) se tornou um aliado indispensável, especialmente em painéis elétricos de baixa e média tensão.
O que é um DPS?
O Dispositivo de Proteção contra Surtos é um equipamento projetado para proteger sistemas elétricos e eletrônicos contra sobretensões transitórias. Esses surtos podem ser causados por descargas atmosféricas (raios), manobras na rede elétrica, chaveamentos de grandes cargas ou até falhas internas na instalação.
Em termos simples, o DPS atua como uma “válvula de escape” para correntes indesejadas, desviando-as para o sistema de aterramento antes que atinjam equipamentos e provoquem danos.
Como funciona o DPS?
Quando ocorre uma sobretensão, o DPS entra em condução e direciona a energia excedente para a terra. Assim que a sobretensão é dissipada, ele retorna ao seu estado normal de isolamento, sem interferir na operação do circuito.
Esse funcionamento garante que equipamentos conectados ao sistema recebam apenas a tensão adequada, prevenindo falhas e aumentando a vida útil da instalação.
Classes de tensão de um DPS
De acordo com as normas técnicas, o DPS é classificado conforme sua aplicação e nível de proteção:
DPS Classe I: a primeira linha de defesa
Utilizado em pontos de entrada da energia, como painéis principais de baixa tensão, esses dispositivos são dimensionados para suportar correntes de surto extremamente elevadas resultantes de descargas atmosféricas diretas.
DPS Classe II:
Aplicado em quadros de distribuição e painéis secundários, esses dispositivos protegem contra surtos que possam ter atravessado a primeira barreira ou originado internamente na instalação.
DPS Classe III:
Instalado próximo a equipamentos sensíveis, como sistemas de automação e instrumentação. Estes dispositivos oferecem tempo de resposta inferior a 25 nanosegundos e limitação de tensão residual extremamente baixa, típicamente inferior a 1,5 vezes a tensão nominal do equipamento.
Quais as normas técnicas tratam do DPS?
Os principais requisitos para DPS estão descritos em normas nacionais e internacionais:
NBR IEC 61643-11: estabelece os requisitos para dispositivos de proteção contra surtos em sistemas de baixa tensão.
IEC 62305: trata da proteção contra descargas atmosféricas e medidas de proteção relacionadas.
NBR 5410: norma brasileira de instalações elétricas de baixa tensão, que define diretrizes para uso de DPS.
Seguir essas normas é fundamental para garantir que o dispositivo desempenhe sua função com segurança e eficiência.
Atuação do DPS em painéis elétricos de baixa e média tensão
Nos painéis de baixa e média tensão, os DPS desempenham papel estratégico na proteção de sistemas críticos.
Em baixa tensão, protegem cargas industriais, sistemas de automação, iluminação e equipamentos de TI contra surtos de rede. Já em média tensão, são aplicados em cubículos e subestações para proteger transformadores, motores de grande porte e sistemas auxiliares.
A integração do DPS em nossos painéis BTM PowerFlex garante maior confiabilidade para instalações que não podem correr riscos de paradas não programadas, como usinas de geração, indústrias de processo contínuo e infraestrutura essencial.
O Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) é um componente relativamente simples, mas que desempenha papel essencial na proteção e continuidade das operações industriais.
Ao integrar DPS em painéis de baixa e média tensão, é possível evitar falhas críticas, preservar equipamentos e garantir a segurança das pessoas e das instalações.
Na BTM, desenvolvemos soluções completas que já consideram a importância da proteção contra surtos desde o projeto, assegurando eficiência, segurança e conformidade às normas técnicas.
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